sábado, 2 de abril de 2011

Morto e enterrado

Bandido não para, dá um tempo
Não morri para a vida, estive atendo
Deixei só passar o tempo
E vi o cinismo
Sempre houve um abismo
Entre novatos e formadores
Quem não vale um caralho
E quem se dá aos valores
Explico a quem não percebeu
Eu não sou da street
A street sou eu
Pintaram-me falhado
Tentaram por-me queimado
Mas rei que é rei
Jamais sai do seu reinado
Grelo há todos os dias
Putas armadas em tias
Com linguas afiadas
Inventam enredos fodidos
Querem separar amigos
Mas só acabam pragadas
E niggas que vivem na sombra
Quando tão no sol apanham escaldao
Porque na hora fakes mandam o fora
Deixam um gajo sem chão
Por muita dica que digas
Eu não sou de intrigas
Cuspo-te tudo na cara
E se a cena não bate
Eu parto para o abate
Há um nariz que se parte
E quem é que me para?
Pois é... Ninguém me parou!
Eu estava morto e enterrado,
Pus-lhe o nariz naquele estado
E o outro falhado
Nem sequer se mexeu
Vieram com posses e esquemas
Ouvi falar bué cenas
Tudo batências pequenas
E o morto sou eu?
Claro, a street faz eco
E o badameco ficou na praia do Meco
Sem nada para se tapar
Por entre vozes e risos
Niggas andam activos
E fizeram juizos
De quem se veio a lixar
É que a fénix não renasce das cinzas
Sempre viveu no fogo
O tempo passou e pergunto:
Já percebeste que sou velho neste jogo?

sábado, 9 de outubro de 2010

O que me restou de ti

Das "coisas" que mais me orgulho de ter escrito, inspirei-me nas vezes em que me despedaçaram o "calhau" que tenho dentro do torax e transpus para o papel o ponto de vista que senti na altura.

Onde estavas tu quando eu tresmalhava em vão
Procurando-te?...
Quando no vazio do ar
Ecoava o meu choro,
Minha angustia e desconsolo.
Quando fechava os olhos e tentava criar um espaço,
Na esperança de os abrir e te ver chegar.
Quando no fim de tudo
Nunca te cheguei a encontrar!
Vi o teu vulto em tantas mil,
Mas era apenas a sombra do que o meu desejo reflectia...
Rasguei sonhos
Quebrei esperanças
Para vingar a minha alma fria
Só que, apesar de tudo
Ela manteve-se vazia

Matei-a!
Já não sofro
Cortei este meu apendice cancerigeno
Não sei mais o que é amor
Mas nunca mais sentirei dor.
Espero apenas...
Que não cresca em mim uma hera chamada paixão
Que me tire do aconchego
Da minha solidão
Pois não te quero reviver!

Revoltar-me-ei!
Irão sofrer mil vezes mais o que eu passei
Por terem caido na mesma cegueira que eu caí!
Por não encontrarem em mim o que não encontrei em ti
Por não te ter encontrado a ti!
Sim,
Tu que nos meus paranóicos delirios existias!
Não própriamente tu, mas A tu que eu amava em ti
e que só depois de morto vi que não havia!

Se hoje alguém procurar por mim,
O que irão encontrar no meio dos meus escombros
É a marca
E o negro
Da minha perdição
Porque agora sou um corpo
Que se tornou num porco
Que renega o coração!

Para a Catarina

Algo que divaguei quando ela foi para Cuba...

Batalha de fundo
No interior mais profundo
Contratempo
No teu pensamento
Enquanto passa o tempo
Existe confrontação
Entre ti
E a tua condição
Sorri
Levanta a cabeça
A atitude é essa
A meta é a partida
Nunca esquecida
Acredito que sofrida
Mas sabes que recompensada
O limite não é o céo
O limite não é nada
De mãos dadas unidos
Ou separados por oceanos
Somos a mesma família
Seremos os mesmos manos
Levanta o véu
Segue a tua caminhada
Ama o momento
E tudo o que te dá alento
Pois a ferro e fogo
Guardamos-te cá dentro
Voa e não pares
Percorre terras e mares
Somos um pedaço teu
Tal como tu uma de nós
E nos nossos corações
Ecoa a tua voz
E de tudo o que fizemos
Que veio a ser para ti
É porque andar não será começo
E correr não será o fim

To: Camões ... By: Myself

Estes pseudo-versos surgiram de um desafio mental de quando comecei a divagar sobre as obras de camões e sobre o quão complicado seria cumprir o seu esquema métrico e rimático.
Resultou nisto

Às armas e aos barões assinalados
Desta tão nobre terra
A todos os sentimentos tanto jurados
De todo o amor que findou em guerra
Por todos os caminhos rumados
De todos os amantes feridos
A todos os futuros perdidos

Porque é fogo que arde sem se ver
Todo o aventureiro demente
Sabe que é a amar e a sofrer
Que se tornará um dia gente
Mas quem já sofreu pode confirmar
Que não há melhor do que amar

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Rabiscos de uma desconcentracao noctivaga

Ja dormes, descansa
A noite para mim
Ainda e uma crianca
Mas mesmo assim
Tenho de dormir
Gostava de me juntar a ti
E adormecer em ti aninhado
Pois tu es enfim
A minha loucura e pecado
E acabo sentindo
Que por ti sou desejado
Contigo sonho acordado
A toda a hora do dia
Com um amor que aqueceria
Ate a tempestade mais fria
Seria uma constante
Seriamos poesia
De uma forma brilhante
Em ti vejo tudo o que eu queria
Um jeito e maneira de ser
Que me delicia
Uma voz e corpo lindo
Uma pele macia
No sonho vejo o teu beijo
Aquilo que eum mais desejo
Pois nao ha mondego, sado
Nem ha tejo
Que me levem o apego
Que ganhei por ti

Mas acordo e recordo
Que estou sozinho entao
Escrevo o que sinto
E nao minto
Acerca da minha paixao
Achei-o bacano
Para a menina que amo
Nao te pedirei opiniao

...

Apenas um desabafo, nada de especial, nada verdadeiramente verdadeiro... Apenas uma desconcentracao noctivaga

domingo, 29 de novembro de 2009

O que fui eu re-encontrar...

Agora... Que te vi
Vieram-me a memoria
Momentos que contigo vivi
Mas a nossa "cena" acabou

Segue a tua jornada
Que eu vou seguir a minha
Nao te desejo mal algum
Sim tudo de bom na vida
Foi uma relacao tramada
Quente
E tambem muito sofrida
Mas era cheio de orgulho
Que te chamava minha menina
Eramos a amostra perfeita
De um louco e a sua menina
O empenho era uma constante
Mas vinha sempre a compensar
Porque nunca se sabia
Como um so dia em harmonia
Connosco ia acabar
Os nossos dias eram loucos
As nossas noites eram quentes
Escaldavamos lencois
Em noites de bater os dentes

Agora es uma marca funda
Que permanece comigo
Apenas tenho pena
Que nao tenhamos ficado amigos
Mas foi assim que aconteceu
E nao o vou lamentar
Os designios do destino
Assim quiseram ditar
Se me recordas ou lamentas
Nunca chegarei a saber
But still... Life goes on
E o que quero mesmo e viver

...

Sao estas as palavras que nunca te direi

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Till we die - My version

even though we made it
we can't forget
what we've been through
to be able to learn
with our victories
and with our mistakes too
Go on... Live on
Your life is still new
You have a lot to live
Earn your experience
turn off the tables
make the mess out this time
turn your swet into blood
always defend your pride
terminate each and everyone

till we die
till you die

promise from now on
you'll always be the same
and never to forget your roots
sware that you'll remember
those days and those nights
that we've spent in our youth
memories I won't forget
and hope that you'll keep it
forever present in your head

till we die
till I die

you won't be forgotten
cause I'll never give in
the strenght that you gave me
allowed us to win
carry on
let's... carry on

Till we die

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Revolta

Chora
Sofre
Morre
E apodrece sozinho no chão

by:
O menino que outrora
Por ti esperou em vão

domingo, 25 de outubro de 2009

Sê!

Sente o toque de quem amas,
a inocência de quem tramas.
Sente o sorriso que esboças
e o grito que sufocas.
Sente a brisa do vento
e a magia que te trás alento.
Sente a alegria que desejas
por muito fraco que estejas.
Sente o poder da voz que não te deixa desfalecer,
a companhia de quem por ti se quer perder.

Sente a presença da gente.
Liberta-te e segue em frente.

Sente o cheiro da felicidade
e o cheiro da verdade.
Sente a loucura
e vive a aventura.
Sente as pedras da calçada
a longa caminhada.
Sente a madrugada
e a frescura da alvorada.
Sente a chuva na cara
e a ferida que te sara...

... e sente

Enquanto sentes
Sabes que estou presente.
Em tudo o que olhas e te faz sentir,
em tudo o que te faz emergir,
a água que me refecte ao ver-te,
a vida que desperta ao querer-te.

Cada toque teu fascina o mundo,
fascinas-me por seres tu.

Por isso sê!

Somente eu

Olha para mim
Pequeno e frágil
Apesar do gigantismo
Que carrego nos ombros
Ve-me
Como um humano
Não como outros
Que me endeusam
Percebe as minhas falhas,
Compreende os meus caprichos,
Pois apesar de tudo...
Eu sou eu
Não o que todos vêm em mim

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A caminhada

Nasceste finalmente.
O mundo caiu-te nos ombros e notas a dificuldade de seguir em frente,
a indecisão em cada passo dado e o receio em continuar a tua caminhada...
Longe e sentado te vejo e me recordo
De quando a mim me doia "andar".
Revejo-me em ti,
Perdida e sem saber por quem chamar.
És forte.
Admiro-te pela coragem que mostras andando sozinha
Embora desamparada...

Fomos dois.

Levanto-me, dou-te a mão, ergue-te!
Sei que ajudando-te agora comigo caminharás depois!
Continua,
Sê forte pequena,
Um dia serás enorme
Nesse dia verás as tuas passadas com os mesmos olhos que eu,
Verás que compensou o que doeu,
O que sofreste e as lágrimas que derramaste...
E serás mais forte do que aquele por quem outrora chamaste!
Serás dona de ti, linda e deslumbrante...
Serás a força que te falta hoje...

Isto sei eu hoje e saberás tu um dia,
Por isso contigo estarei para a tua caminhada em direcção ao céu.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Confissões de um amante

Nunca foste minha...
Mas custa-me entregar-te
Proibir-me de te querer,
Matar este amor
Calar e sofrer
Todo o dia, toda a noite
Perco-me no meu lamento
Envolvo-me no meu sofrimento
Pois neste mundo que tu deixaste
Todo o céu é cinzento
Como as cinzas da vida que outrora iluminaste
Agora espalhadas pelo vento da loucura
Desespero e amargura
De alguém que à partida nunca pude ter...
Tu

O fim...

O nosso tempo já morreu
O clique esgotou-se
A alma já não se sente
Nem tão pouco o coração se dá ao trabalho de acelerar...
Foste algo muito forte
Muito bom, que me deliciava
Mas o sentimento esgotou-se
À medida que o tempo passava.
O vento novamnente me esfriou os lábios
E não tinha os teus para mos aquecer
E noutros tantos momentos
Variadissimos e pequenos exemplos
Que me mostraram...
Que acabei por te perder
Resignei-me,
Bati o pé,
Rangi os dentes...
Comecei a caminhar e segui em frente
Não foste tu a tal,
Não chegas-te a ser diferente.
Não lamento, também já não te prolongo...
Já passaste
E hoje digo que numa boa memória te tornaste

terça-feira, 22 de julho de 2008

My own love song

Yeah baby I love you
Probably you don't know
Why, when and how
But girl it's true
...
No, I wasn't made for you
Because I wasn't made for anyone
Because until now anyone has shown me
What love is
But maybe you're that one...
It's kinda strange girl
It has never happened to me before
But everything has its meaning
Maybe this means something
Something beautiful
I don't know
Perhaps if you show it to me
It can be beautiful somehow
...
What I'm trying to say is
I... Love you
You complete me
I need you
So please
Let me have you

Necessidade

É a necessidade
De um pequeno toque
Não de um roçar
De um conforto
Não de um corpo
Que se abate,
Me invade
Me mata.
De amparo preciso
Por amor gemo
Alguém idealizo
Por "ela" tremo
Mas ninguém encontro.
Sozinho esqueço
Não consigo, mas tento
Encontrar conforto...
Em palavras
Que nunca foram ditas,
Em provas
Que nunca foram dadas,
Em letras
Que nunca foram escritas,
Em tantas outras...
Tentativas falhadas